sexta-feira, 13 de junho de 2008

Memórias de um Grande Poeta...

Fernando Pessoa

E foi há 120 anos atrás que nasceu aquele que, para mim, tem um grande significado,e será sempre o melhor e Maior poeta de todos os tempos, falo sem duvida de Fernando Pessoa…
“Tendo nascido com o Sol em gémeos, Pessoa revelar-se-ia um ser por natureza curioso, comunicativo ( pela escrita), com uma enorme sede de conhecimentos. […] Tímido, reservado, sonhador, sensível.“


“Pessoa era mais um homem cerebral e espiritual do que propriamente um homem de acção. Como ele próprio reconhecia: “Toda a constituição do meu espírito é de hesitação e de dúvida (…) Toda a minha vida tem sido de passividade e de sonho.
E acrescenta: “Não encontro dificuldade em definir-me: sou um temperamento feminino com inteligência masculina. A minha sensibilidade e os movimentos que dela procedem, e é nisso que consistem o temperamento e a sua expressão, são de mulher. As minhas faculdades de relação a inteligência e a vontade, que é a inteligência do impulso são dos homens”.

Falando de um outro assunto...

Heterónimos??

São personalidades, mascaras nas quais se esconde. Constituem não só uma invenção literária como uma necessidade para o seu equilíbrio psicológico e para a procura da sua identidade profunda e complexa, necessários para a plena realização humana e literária do poeta…


Devo dizer que entre as dezenas de heterónimos ( e semi-heterónimos e pseudónimos) que criou ao longo da vida, destacam-se Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.


“Pus no Caeiro todo o meu poder de despersonalização dramática, pus em Ricardo Reis toda a minha disciplina mental, vestida da música que lhe é própria, pus em Álvaro de Campos toda a emoção que não dou nem a mim, nem à vida”.

(…)

(…)

(…)

“I know not what tomorow will bring” terá sido a ultima frase escrita a lápis antes da sua morte…

Ricardo Reis

“Lápide que se ergue no claustro tem nela gravada a ode de Ricardo Reis”

Mosteiro dos Jerónimos onde hoje repousa ao lado de Camões e Vasco da Gama.


Fernando Pessoa

“Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,/ Não há nada mais simples./ Tem só duas datas a da minha nascença e a da minha morte./ Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.”

Fernando Pessoa

Cadernos Biográficos de Personalidades Portuguesas do Século XX

Cláudia



2 comentários:

Zoana disse...

Duas datas. "Entre uma e a outra todos os dias são meus" Fantástico!!

Um Senhor, não há dúvida possível
Não sou grande apreciadora de poesia, mas cada poema de Fernando Pessoa tem uma lição de vida.

Apesar de não ter gostado da "sensibilidade feminina, mas inteligencia masculina" LOL


Akela pequena parte do poema de que nós tanto gostamos é um exemplo que TEM de ser seguido.
Aplica-o sempre, em tudo o que fizeres! E vais ver que o teu esforço vale muito mais a pena e tens uma recompensa que sabe muito melhor =)


Beijinhoooooooooo*

Joaquim Nobre (JJ©N) disse...

Bem vinda!
Bela palavras!